Assim como um artesão valoriza suas ferramentas, sejam elas modernas ou antigas, o importante é a funcionalidade e a confiabilidade que oferecem. Muitas vezes, ferramentas que resistiram ao teste do tempo são preferidas por sua comprovada eficácia, mesmo diante de novas alternativas que pareçam mais atraentes.

Neste contexto, o COBOL (Common Business-Oriented Language) se destaca como uma dessas ferramentas veneráveis, em uso desde 1958. Essa linguagem de programação é amplamente utilizada no mundo dos negócios, finanças e administração, tanto por empresas quanto por governos. O COBOL é fundamental em muitas aplicações de mainframes, assim como em processamentos em lote de grande escala e transações.

Surpreendentemente, mais de 70% das transações comerciais globais ainda são processadas por sistemas baseados em COBOL. Isso destaca sua importância mesmo em uma era dominada por inovações tecnológicas rápidas. O COBOL continua sendo a espinha dorsal dos mainframes, que são cruciais para as operações de muitas das maiores corporações do mundo.

Atualmente, programadores especializados em COBOL são raros, o que levou algumas empresas a buscar profissionais da velha guarda para consultoria ou treinamento das novas gerações. Essa demanda garante remunerações atraentes para aqueles com conhecimento nessa linguagem clássica.

Além disso, muitas organizações ainda operam e atualizam seus sistemas COBOL antigos, pois eles continuam funcionando eficientemente. Substituir esses sistemas por novas linguagens nem sempre é economicamente viável, especialmente quando é possível integrar o COBOL com tecnologias mais recentes.

Por fim, vale lembrar o ditado: “Se não está quebrado, não conserte”. Essa máxima se aplica perfeitamente ao COBOL em várias indústrias. Assim como uma ferramenta confiável em uma caixa de ferramentas, o COBOL tem se mostrado versátil e indispensável para diversas aplicações, reforçando a ideia de que, às vezes, as soluções mais antigas ainda são as melhores.

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